Segue uma nova história saindo do forno sobre a minha passagem por Sampa. Este é o quarto conto, apresentado quinzenalmente, aqui no blog. Então, aproveite o final de domingo para dar boas gargalhadas....rrsrrsrsr
Quando o tamanho da mala fala mais alto
É engraçado como certas histórias se enquadrariam perfeitamente em um filme de comédia ou programa humorístico. O conto abaixo é um belo exemplo disso. Já imaginou ser abandonada pelo tamanho da sua mala? Pois foi isso que aconteceu com o meu amigo, apelidado de “Rippie”. Ou melhor, na verdade, o que ele fez.
Imagine: Um sujeito de bem com a vida, que parece estar sempre na mais perfeita paz, galanteador e engraçado. Esse é o Rippie, um dos moradores da Pensão 14 Bis, mais identificado pelo alargador de orelhas e o jeito simples de ser, o que influenciou o apelido.
O Rippie tinha uma namorada apaixonada e, diga-se de passagem, extremamente ciumenta, algo que pude sentir na pele, mas isso não vem ao caso agora, deixaremos para um próximo conto. Retomando, o casal de pombinhos decidiu passar o Ano Novo (2009- 2010) em Floripa, algo que parecia perfeito e até mesmo romântico, se não fosse o tamanho da mala da amada.
Tudo pronto para a viagem de dez dias, claro que o Rippie, não se preocupou em levar muita roupa, como de costume em suas viagens. A bagagem dele foi simplesmente reduzida a três camisetas, duas bermudas, além de algumas cuecas, o que foi comportado perfeitamente em uma sacola plástica. O mesmo não se pode dizer da mala da namorada, que se tratando de uma mulher, digamos “exagerada”, tinha uma mala, segundo ele, quase do tamanho de uma geladeira.
Foi aí que começou o suplício do meu querido amigo. Só de pensar chega a dar agonia, carregar uma mala quase do tamanho de uma “geladeira” até a rodoviária de Sampa, às vésperas de um dos feriados mais aguardados do país, é de tirar o fôlego de qualquer um, não é mesmo?
Se ainda fosse só o fôlego, tudo bem, o pior ainda estava por vir. Após uma viagem de seis horas de ônibus e, mais uma vez, carregando a “enorme bagagem”, mas agora por Floripa, finalmente chegaram ao destino, a casa dos amigos.
Chegando lá, mais sem nenhum sentimentalismo ou algo parecido, o Rippie ainda se depara com um pedido inusitado, desta vez, a namorada pede uma massagem, faltando apenas cinco minutos para a passagem do ano. Nem preciso dizer nada, claro que ele recusou.
Após três dias, ao contrário do que podemos imaginar, ele ainda não tinha esquecido o episódio da mala. Foi assim, que ele decidiu, simplesmente, em terminar o namoro em Floripa mesmo, para não retonar ao mesmo suplício, a viagem de volta com a mala. A namorada, sem entender nada, ainda perguntou o motivo do término. O Rippie sem papas na língua, como sempre foi, respondeu na maior cara limpa que estava terminando por causa da mala. Sem mais explicações, deixou a namorada e partiu rumo a Sampa apenas com sua pequena bagagem.
Acha que já ouviu de tudo? Decididamente, não. A namorada ao retornar pediu desculpas ao meu amigo e quis voltar. É mole?
Então meninas, fica a dica, ao serem convidadas para viajarem com o amado, cuidado para arrumar as malas. Vai que ele não esteja com total espírito de romantismo e decidi proporcionar apenas uma passagem de ida, sem volta... rsrsr